Nesta segunda-feira, 24, a Escola de Contas Alberto Veloso (Ecav) realizou uma reunião de alinhamento das ações de combate ao racismo dentro do Pacto de Interinstitucional Pró-Equidade Racial com o seu primeiro grupo de trabalho, envolvendo oito entidades da área de educação e saúde que fazem parte da iniciativa
A secretária da Ecav, Maria do Carmo Sousa, fez a abertura do encontro. Ela explicou aos participantes a importância do Pacto e os seus objetivos.
“O Pacto é uma iniciativa do Tribunal de Contas do Estado do Pará, mas é uma iniciativa que tem o desejo, o papel e o interesse de transformar a vida dessas pessoas que flagrantemente até hoje, em função de um racismo estrutural, ainda são vistas de outra forma. O pacto nos transmite, nos transporta, na verdade, a essa necessidade de colocarmos e de realizarmos ações que juntos promovam à equidade racial aqui, pelo menos por enquanto, no território do Pará”, disse.
O Pacto Interinstitucional Pró-Equidade Racial coaduna-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 18 da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Participaram da reunião a Rede de Clínicas Cynthia Charone, a Universidade da Amazônia (Unama), a Faculdade Cosmopolita, a Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa), a Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Centro Universitário do Pará (Cesupa), além de representantes do Instituto Rui Barbosa e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).
Dias antes da reunião do GT, os signatários preencheram um formulário de pesquisa para o diagnóstico da atual situação de enfrentamento ao racismo no âmbito de cada uma das instituições.
Segundo a pesquisa, 75% dos participantes possuem uma política formal de promoção da equidade racial. Um total de 47,7% promove ações afirmativas para a inclusão de pessoas negras e indígenas e 83,3% já realizam ações de combate ao preconceito racial. Setenta e cinco porcento já possui um canal para denúncias e mais de 90% desenvolve ou apoia projetos voltados para as comunidades em situação de vulnerabilidade.
Além do diagnóstico, apresentou-se a proposta de realização da I Jornada de Boas Práticas de Equidade Racial 2025, evento que deverá ocorrer em outubro deste ano com o compartilhamento das melhores práticas de luta contra o racismo.
Cada participante da reunião fez o relato de experiências já em curso em consonância com o Pacto Interinstitucional nas entidades presentes.
Para o professor Hamilton Gonçalves Sá Barreto, representante da Seduc, a parceria entre as instituições contra o racismo é muito válida.
“Considero o Pacto importante no âmbito das instituições públicas e das instituições privadas porque ele vem contribuir com o enfrentamento do racismo na sociedade brasileira considerando que a gente tem um problema de racismo estrutural muito forte e as instituições, por sua vez, são vítimas desse racismo estrutural, e que acabam se constituindo como instituições racistas”, comentou.
