O objetivo é promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável, junto às comunidades de áreas próximas às usinas, incentivando o empreendedorismo e a geração de renda.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) promove mais uma edição do Curso de Artesanato em Malva Amazônica. Desta vez, as peças produzidas têm como foco o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A iniciativa é realizada em parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), com sede no município de Castanhal, no nordeste paraense. Com 32h aulas, a oficina encerrou nesta sexta-feira (21), com a certificação de dez moradores de áreas próximas à Usina.
O objetivo é promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável, junto às comunidades de áreas próximas às usinas, incentivando o empreendedorismo e a geração de renda, com a produção de peças artesanais utilizando matéria-prima regional sustentável. A atividade faz parte do cronograma de cursos oferecidos pela Sedeme, dentro do Projeto Usina da Paz (Usina), que é uma iniciativa do Programa Territórios pela Paz (Ter Paz), realizado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seca).
As participantes aprenderam sobre técnicas de corte, modelagem e customização de peças com o uso da fibra orgânica para a criação de peças artesanais, a exemplo de porta-joias, sacolas, necessaire, pesos para portas, porta-utensílios e outros.
A técnica da CTC, Marinalva de Souza Ferreira, responsável pela condução do curso, explica que ministrar é sempre um momento de troca de conhecimento. “Aqui aprimoramos técnicas e trocamos saberes. Eu ensino a técnica de corte e manuseio da matéria-prima e deixo os alunos livres para colocar em prática toda a sua criatividade, produzindo peças exclusivas e agregando a cada um diferencial único”, disse a instrutora.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Paulo Bengtson, reafirma o compromisso do Governo do Pará, por meio da Sedeme, com o fomento ao empreendedorismo e à valorização da matéria-prima local, com foco no desenvolvimento econômico sustentável do Estado.
A comerciante Luiza Batista Pinheiro, de 62 anos, não esconde a emoção ao concluir o curso de artesanato na UsiPaz. “Sou natural do estado do Ceará, e há 33 anos moro no Pará, sendo 10 anos no bairro do Jurunas. Aqui, montei minha lojinha de variedades e, agora, com a conclusão do curso, vou empreender no ramo do artesanato sustentável. Vou produzir minhas próprias peças e, assim, incrementar as minhas vendas com esse diferencial. Estou muito feliz, pois aqui pude aprender uma nova modalidade que certamente fará a diferença nos meus negócios, disse”.
Segundo o coordenador geral da Usina da Paz Jurunas/Condor, Lucas Carneiro Maia, este é o terceiro curso de artesanato realizado na Usina, em parceria com a Sedeme e a Companhia Têxtil de Castanhal. “A oficina tem grande aceitação do público, tanto nos bairros do Jurunas quanto da Condor, que abrigam muitos empreendedores. Entre os participantes, temos uma comerciante que está aqui se capacitando para retornar, na próxima semana, com um novo segmento de negócios, ou seja, são indivíduos em busca de empreendedorismo. Estamos vivenciando todo o processo para a COP30, que acontecerá em novembro, e o artesanato certamente será muito valorizado”.
Fibra natural – A juta e a malva são fibras naturais livres de hidrocarbonetos, utilizadas pela CTC, maio fabricante das Américas, de sacarias para armazenamento de grãos como café, arroz e outros; fios para bordados artesanais; tecidos para moda e decoração, e outras atividades artesanais desenvolvidas. A fibra é cultivada por agricultores de mais de 20 municípios, principalmente nas regiões de Integração Guamá e Guajará, abrangendo desde o plantio da semente até a colheita.
Sobre a CTC– A Companhia Têxtil de Castanhal, localizada no nordeste paraense, recebe apoio do governo do Estado através da Sedeme. Com filiais nos estados do Amazonas e São Paulo, a empresa é a maior fabricante de produtos de juta e malva do Ocidente e lidera o mercado brasileiro há mais de 50 anos.
Ao final, a CTC contempla cada participante com um kit, contendo tecidos de juta e malva, fios para bordados e outros itens, para iniciar as atividades comerciais.
Por Aldirene Gama (SEDEME)
21/02/2025 18h03